Um passo te desloca para frente, mas não só. Para cima a para baixo. Os olhos buscam compensar esta movimentação. Para frente. Para cima, para baixo.
Respiro
Roxos, verdes, brancos, vermelhos de todos os matizes, amarelos brilhantes, amarelos foscos, novos verdes, verdes folha-verdes fruto, marrons e preto-semente. Lisura, grumos, molhado, gomos e gominhos, ásperos, suaves, cremosos, encarnados.
Vejo
Doce-simples, como doce-açúcar. Doce-azedo. Azedo-azedo. Amargo. Cítrico. Doce-banana. Especiais-especiarias. Azedo-queijo. Azedo-suor. Azedo cor.
Toco
Cabeças e corpos e cabeças e cabeças e corpos e corpos e corpos cabeça. Para frente, para cima, para baixo. para cima, para baixo. Ligam-se em profusão de luzes. Cabeças e mentes e almas e luzes. Ligam-se. Anestesiados, não notam.
Flutuo
Olhos parados, sem compensar. Sobem e descem e sobem e descem e sobem e descem e sobem e descem e sobem e descem. Soslaiam. Há o azul. No ângulo fechado. Há-o-a-zul. Vislumbram respirar e congelam.
Caminho
Despeço-me do momento. Além de mim, só as flautas são azuis. Azuis-bebê. E estão cobertas de pó-luição da cidade sem luz.
Há espada. Hei de luzir-luminar. Há o limiar.
Azul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário